Síndrome do olho seco

Oftalmologista dá dicas de como reconhecer os sintomas em crianças

Irritação, dificuldade para ficar em lugares com ar condicionado ou em frente ao computador e olhos embaçados ao fim do dia. Esses são alguns dos sintomas da síndrome de olho seco, uma doença crônica, caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou deficiência em alguns de seus componentes. Doença que é muito mais comum em adultos, principalmente acima de 40 anos, mas pode acometer crianças, sobretudo as que ficam expostas durante longo tempo a telas de computador, TV e aparelhos de celular, por exemplo.

– Em geral, diante de qualquer forma de entretenimento ou algo que envolva concentração, em especial quando com objetos mais próximos, como tablets, smartphones, livros e computadores, temos uma “inibição” natural do reflexo de piscar. Consequentemente, diminuímos muito o “turn over” lacrimal; a lágrima presente evapora mais e, como consequência, temos um estado de olho seco. Devemos levar em consideração o tempo de permanência nessa situação e a posição de tais objetos, pois quanto mais altos, maior a exposição que fazemos do globo ocular – explica o oftalmologista André Berger, diretor da ONG APOS (Associação para os Portadores de Olho Seco).

Segundo o médico, a doença acomete cerca de 10% a 30% da população adulta. Nas crianças, é mais comum o olho seco momentâneo, por conta das exposições citadas. Mas como todo cuidado na infância é importante, Berger cita alguns pontos de atenção para evitar e/ou reconhecer sintomas:

– Evitar horas de exposição desnecessária dos filhos a tais equipamentos, evitar ar condicionado e/ou usar umidificador de ambiente. Atentar se a criança está com olhos vermelhos, irritados, levando a mão o tempo todo para coçá-los, por exemplo. Esses são os sintomas mais comuns, acrescido de ardor, barramento visual e, por vezes, dor.

Ainda de acordo com André Berger, a síndrome de olho seco não está relacionada a alterações de grau de visão. Mas doenças como artrite reumatóide, doenças autoimunes e o uso de algumas medicações podem causar o problema. O importante é diagnosticar e tratar com orientação de um médico.

– Para esses casos de exposição prolongada, em geral, orienta-se diminuir o tempo o máximo possível, principalmente para crianças, e em caso de sintomas, recomenda-se a utilização de colírios lubrificantes – diz.

Crédito Imagem

Fonte: Revista Materlife – Julho 2016

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