O exame ajuda a identificar certas doenças ainda nos primeiros dias de vida do bebê. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e traz mais qualidade de vida às famílias
O teste do pezinho – também chamado de triagem neonatal – é extremamente importante para a saúde das crianças. Com uma só picadinha no calcanhar dos bebês, ele é uma das principais maneiras de diagnosticar uma série de doenças, antes mesmo de aparecerem os primeiros sintomas. Muitas doenças raras, de origem genética, também podem ser detectadas pelo teste. O diagnóstico precoce facilita o tratamento e pode trazer mais qualidade de vida para as famílias. Por isso, é fundamental que seja feito logo após o nascimento do bebê, entre o 3º e o 5º dia de vida.
Atualmente, existem três versões do teste do pezinho disponíveis no Brasil: uma básica e duas ampliadas. A mais simples delas é capaz de detectar até 6 doenças. Já as duas versões ampliadas podem detectar de 10 a 48 doenças com uma só picadinha. Os nomes dos exames podem variar, dependendo do local em que for realizada a coleta. Por isso, antes do procedimento, o ideal é checar qual é a triagem mais completa.
Básico: É obrigatório e gratuito em todo o país. Pode detectar 6 doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
Mais ou Ampliado: É oferecido gratuitamente na maioria dos hospitais e maternidades particulares. Pode detectar até 10 doenças. Além das seis já detectadas pelo teste básico, também pode indicar deficiência de G-6-PD, galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita.
Super ou Expandido: É o mais completo dos exames disponíveis no Brasil. Pode detectar até 48 doenças. É oferecido apenas em laboratórios, hospitais e maternidades particulares.
Hoje, a versão básica do exame – que detecta até seis doenças – é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por enquanto, as versões ampliadas do teste só estão disponíveis em clínicas, maternidades e hospitais da rede particular. Mas associações de pais de portadores de doenças raras já estão se mobilizando para que as versões ampliadas do teste do pezinho também sejam oferecidas na rede pública. Em parceria com outras organizações, o Instituto Vidas Raras – que busca garantir os direitos de pessoas com doenças raras – criou uma petição online a favor da causa. A ideia é que a iniciativa colete pelo menos 1 milhão de assinaturas e, assim, encaminhe um projeto de lei para o Congresso Nacional, com o objetivo de garantir que o tipo mais completo do exame seja oferecido gratuitamente à população.
Fonte: Revista Crescer, APAE/SP e Ministério da Saúde