A diferença que só um pai faz

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Tem coisa que só um pai pode fazer pelos filhos – e não estamos falando de ensinar a jogar futebol. Pesquisas comprovam que a presença paterna traz muitos benefícios para os pequenos, que ficam mais inteligentes e comportados quando ele é participativo. Agora, três novos estudos revelam que os pais são os principais responsáveis por ensinar valores como…

… persistência e esperança: pais que são firmes, demonstram amor e incentivam a autonomia criam filhos obstinados e confiantes, de acordo com uma pesquisa da Brigham Young University (EUA), que acompanhou 325 famílias durante quatro anos. Quando os pais ouviam as crianças, mantinham-se próximos a elas e delimitavam regras sem tolher a liberdade, elas tiravam notas melhores na escola e tinham menos episódios de mau comportamento. “Tradicionalmente, o homem é visto pela sociedade como o provedor da família. Por isso, a segurança que ele transmite é preponderante”, explica o psicólogo Aurélio Melo, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP).

…ambição: filhas de pais que dividem as tarefas de casa e têm ideias igualitárias com relação ao gênero são mais ambiciosas no local de trabalho. A constatação é de uma pesquisa da University of British Columbia (Canadá) feita com 196 meninos e 167 meninas de 5 a 11 anos. “Socialmente, acredita-se que o homem se arrisca mais do que a mulher. Portanto, elas são menos valorizadas. Se o pai não passa esse conceito para frente, a filha tende a assumir mais riscos”, afirma José Aparecido da Silva, professor do Departamento de Psicologia da USP de Ribeirão Preto (SP). A pesquisa mostrou que as meninas se baseiam no pai para entender o que é esperado das mulheres, então, quando ele não discrimina gêneros, elas brincam tanto com bonecas quanto com carrinhos. Mais tarde, essas mesmas meninas têm mais chance de trabalhar fora do que aquelas cujos pais mantêm estereótipos.

autopreservação para uma vida sexual saudável: a ausência da figura paterna durante a infância pode levar meninas a perder a virgindade mais cedo e apresentar comportamentos sexuais de risco, de acordo com um novo levantamento da Texas Christian University (EUA), feito com 64 estudantes do sexo feminino. Elas responderam a um questionário com perguntas sobre sua relação com o pai e palavras para serem completadas. Aquelas que se decepcionaram mais com o progenitor eram mais propensas a apresentar traços de personalidade mais sexualizados do que aquelas que relataram ter apoio paterno. “Isso acontece porque a falta de uma referência masculina pode incentivar a menina a buscar um modelo fora de casa, para tentar construir aquilo que não tem dentro da família”, diz o psicólogo Aurélio Melo. E isso obviamente pode levar a uma busca descontrolada, sem critério.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

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