O PAI COMO PROTAGONISTA

Envolvimento paterno na rotina da casa traz benefícios emocionais para toda a família

Foi-se o tempo em que a divisão de atribuições entre pai e mãe se baseava em chefe de família e cuidados da casa/filhos. Se antes a paternidade era vista de forma distante e fria, hoje é natural que o homem se envolva tanto quanto a mulher, ou até mais, na criação das crianças.

A consolidação feminina no mercado de trabalho foi determinante para essa mudança. Não é mais raro mulheres assumirem o papel de liderança dentro de casa, inclusive na parte financeira. Desta maneira, o pai tem se envolvido com os filhos de diferentes formas. Ele dá conta dos cuidados básicos, estabelece limites, estimula o desenvolvimento das crianças, ajuda no controle e entendimento das emoções e nas relações com os outros. “Não nos cabe julgar o que é certo ou errado, mas nos atentar que aquele pai que antigamente tinha uma relação menos expressiva com os filhos, passa a ter que se destacar e assumir, de fato, esse papel de presença e educação, fazendo isso com maestria, inclusive”, pondera Ana Paula Franz. Essa competência, até então atribuída às mães, motiva os homens a investirem na relação com seus filhos.

Segundo a educadora comportamental, essa condição atual é benéfica para todos: para a mãe, que tem ao seu lado alguém que a apóia e a entende; para o pai, que se sente valorizado e empoderado ao exercer seu papel de forma consciente e responsável; e para os filhos. Segundo estudos da Associação Americana de Psicologia, a presença do pai é importante para a formação de um indivíduo seguro e com capacidade de enfrentar situações desafiadoras do dia a dia. “Ou seja, a presença do pai é essencial para a saúde mental da criança”, afirma Ana.

Para esse convívio ser ainda mais gostoso, é importante ir além das obrigações e incluir um tempo de qualidade com os filhos. “Isso é o que eles mais precisam para crescerem se sentindo aceitos e importantes na vida”, diz Ana. A dica é, naquele tempinho determinado, dedicar-se exclusivamente à criança, sem nenhum foco externo, como com eletrônicos. “A conexão deve ser completamente com o filho, melhor ainda se tiver muito olho no olho, contato físico e risadas, para ambos desfrutarem do hormônio do bem estar”, finaliza a educadora.

Fonte:  Ana Paula Franz é Pós-Graduada na área de Fisioterapia e tem duas formações internacionais em Sono Infantil. Em 2017 fundou a Bom Sono Mentoria, que já ajudou centenas de famílias no mundo a recuperarem a harmonia familiar. É Educadora Infantil e Parental em Disciplina Positiva – Positive Discipline Association e Treinadora Comportamental – Instituto IFT. Mãe do Miguel, de 2 anos.

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