Apesar de dormirem mais durante o dia, os pequenos que passam muito tempo brincando com celulares e tablets demoram mais para pegar no sono e dormem um total de horas menor do que a média para um período de 24h.
O uso diário de smartphones e tablets pode prejudicar o sono de bebês e crianças, os pequenos passam a dormir menos e demoram mais para pegar no sono quando brincam com esses dispositivos todos os dias. Esse efeito pode ser observado inclusive em bebês a partir de seis meses de idade.
A cada hora de uso diário dos aparelhos, as crianças dormem 16 minutos a menos em um período de 24 horas. Como o sono é um fator importante para o desenvolvimento cognitivo, a descoberta aponta para um hábito preocupante e muito comum atualmente. Esses resultados indicam que a popularidade e acessibilidade de dispositivos touchscreen (aparelhos controlados pelo toque) levou a níveis mais altos de uso por crianças e bebês, e isso está associado à redução do sono.
Os pesquisadores fizeram um questionário com 715 pais e mães sobre o uso diário de dispositivos touchscreen e os hábitos de sono dos seus filhos. Os resultados mostraram que, no total, 75% das crianças e bebês – todos com idades entre seis meses e três anos – usavam os aparelhos diariamente. Entre os mais novos, de até 11 meses, o uso diário estava presente em 51% dos casos, enquanto entre os mais velhos, de até três anos, o hábito teve uma prevalência de 92%.
Analisando os dados, os pesquisadores descobriram que os pequenos que passavam mais tempo utilizando os aparelhos dormiam menos durante a noite e, apesar de dormir mais durante o dia, ainda tinham um total de horas de sono menor do que a média. Eles também repararam que as crianças demoravam mais para pegar no sono quando utilizavam celulares e tablets com mais frequência.
Antes de restringir totalmente o uso de touchscreen, que pode trazer benefícios, nós temos que compreender profundamente como usar essa tecnologia moderna de uma forma que maximize os benefícios e minimize qualquer consequência negativa para as crianças.
Fonte: Revista Veja