Um pequeno guia para diferenciar as golfadas normais das preocupantes e entender como o refluxo se manifesta no começo da vida.
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Depois de mamar, o bebê faz cara de quem vai chorar – ou, até pior, age como se nada demais estivesse acontecendo – e o leite volta pela boca em golfadas. Tirando os eventuais estragos na roupa, tudo volta ao normal em minutos, mas o episódio levanta dúvidas nos pais. Será que está tudo bem? Regurgitar é muito comum nos primeiros meses depois do nascimento, mas na maioria dos casos não acarreta consequências à saúde.
Ocorre que, ao nascer, o sistema digestivo do bebê ainda está se desenvolvendo. Afinal, no útero da mãe ele não tem a oportunidade de treinar como engolir um alimento. O esfíncter, espécie de anel que controla a passagem de comida entre o esôfago e o estômago, ainda não trabalha bem o suficiente, então às vezes o leite volta rapidamente para cima.
Essa regurgitada inofensiva é chamada de refluxo fisiológico, que, como o nome indica, é uma etapa normal do funcionamento do pequeno organismo. A partir dos cinco meses, as habilidades digestivas melhoram e o leite segue seu fluxo no sentido certo: só para baixo. Ainda é comum que alguns episódios ocorram até depois do primeiro aniversário.
Para uma pequena parcela de crianças, entretanto, a regurgitada é mais dramática. Há choros intensos antes e depois da amamentação – seja ela à base de leite materno ou fórmulas lácteas – e o líquido sai pela boca como um jato de vômito, intenso e volumoso. As contrações musculares são mais significativas e o esforço involuntário deixa o bebê irritado. Estamos diante do refluxo patológico.
Fonte: bebe.abril.com.br