Introdução alimentar para crianças: Dicas de como fazer com cuidado

Essa fase é primordial para o desenvolvimento infantil e para estimular bons hábitos alimentares por toda a vida

A partir do sexto mês de vida, os bebês começam a dar sinais de que estão prontos para experimentar outros sabores, complementando o leite materno ou fórmula. Neste momento, é preciso se preparar para a introdução alimentar da criança.

Todos os nutrientes que o bebê necessita para se desenvolver são fornecidos pelo leite materno ou pela fórmula indicada pelo pediatra até os seis meses de idade. É só depois dessa fase que o organismo da maioria das crianças já  está pronto para ingerir e digerir novos alimentos.

É a partir dessa faixa etária, ainda, que o bebê tem condições de sustentar o pescoço e o tronco, sentar-se sem apoio, reduz o reflexo de protrusão de língua, começa a fazer movimentos de mastigação com a língua e a boca e já demonstra interesse na refeição dos pais e em colocar objetos na boca. 

Se este momento chegou ou está se aproximando, os pais e cuidadores devem saber como agir, sempre levando em consideração que não existem regras para a introdução alimentar e que cada criança terá uma adaptação diferente às suas primeiras refeições. 

Preparando o terreno 

Dias antes de oferecer o primeiro alimento à criança, os responsáveis podem ajudá-la a compreender as mudanças que acontecerão em sua vida a partir de agora. 

Colocar o bebê no cadeirão para observar as refeições em família e se acostumar com o local, conversar com o pequeno enquanto o amamenta e usar livros infantis que contam histórias sobre este momento ou sobre os alimentos são de grande valia. 

Os quatro grupos alimentares

A alimentação deve ser variada, e a introdução alimentar é essencial para estimular o paladar para toda a vida. 

No início da vida, as crianças devem ter acesso a alimentos provenientes da natureza dos quatro grupos alimentares. São eles: hortaliças e frutas (abobrinha, berinjela, couve, banana, maçã, mamão, etc), carnes e ovos, cereais e tubérculos (arroz, milho, batata, etc), e grãos (ervilha, lentilha, etc). 

Ao longo das refeições, novos alimentos devem ser apresentados. Se a criança comeu uma banana no almoço, à noite, outra fruta deve ser oferecida. Além disso, se houver rejeição, é importante que o mesmo alimento seja oferecido novamente – cerca de cinco a oito vezes. 

Além disso, as crianças devem continuar sendo amamentadas ou ingerindo fórmula e, nessa idade, já podem tomar água. 

Passe longe

Por outro lado, ao menos até os 2 anos de idade, é preciso evitar oferecer frituras, enlatados, salsicha, refrigerantes, café, salgadinhos, balas, açúcar, alimentos congelados, processados e similares, com o objetivo de criar bons hábitos alimentares desde cedo. 

É importante usar temperos com moderação, em especial o sal. Outros tipos de tempero, como um pouco de salsinha e cebolinha, são prioridade.

Xô papinha

As papinhas “de antigamente”, nas quais diversos alimentos, como legumes e carnes, eram processados no liquidificador e passavam por uma peneira antes de serem ofertados à criança, estão em desuso. 

A atual recomendação é que a comida não tenha consistência muito fina e que os grupos alimentares (hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais e tubérculos e grãos) não se misturem para que os pequenos aprendam a mastigar e criem consciência das texturas e sabores.

Ao invés disso…

Existem diversos métodos de introdução alimentar em substituição à ultrapassada papinha. 

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