Pais que dividem as tarefas e acompanham de perto a educação dos filhos criam laços afetivos mais fortes na família. Saiba mais!
Na hora de conceber o bebê, todo mundo sabe, é preciso um homem e uma mulher. Trata-se de uma questão biológica. No entanto, depois que ele nasce, entra em cena só a mãe (ou quem ocupa esse lugar). Na linha evolutiva, ela tem preparo filogenético para a maternidade, o que envolve o zelo, o cuidado, o amor, a alimentação e a higienização.
O fato é que a mulher contemporânea faz muito mais do que só cuidar do bebê. Com quem dividir essa sobrecarga? O papel do pai é tão importante quanto o da mãe para promover acolhimento, crescimento e desenvolvimento adequados para a criança. Isso fortalece os vínculos familiares. Com exceção da amamentação, que é realmente exclusiva da mãe, o pai pode contribuir muito ao dar apoio à mulher, além de ajudar em outros afazeres.
Ultimamente cada vez mais os pais estão presentes nas consultas ao pediatra, demonstrando o seu interesse em participar ativamente no acompanhamento do seu filho, algo que, há alguns anos, era muito raro. Ainda que o homem não possa estar presente na consulta, o que se espera é que ele se interesse pelo desenvolvimento do pequeno. Lembrar-se de administrar a vitamina ou o medicamento receitado e das datas de vacinação ajuda bastante.
Quando o homem fica por perto, acompanhando as tarefas, pode aprender por observação. Se a mulher passa as instruções de como trocar a fralda, por exemplo, passo a passo, a aprendizagem se torna ainda mais efetiva. Caso ele tenha dificuldades na execução, é importante que sua parceira não aja com intolerância, agressividade ou ironia. É necessário ter paciência, incentivar a fazer novamente, corrigindo a falha e reconhecer quando ele se engajar em algo, agindo de modo carinhoso, como agradecer com um beijo. Indiretas do tipo ‘ninguém me ajuda mesmo’, expressões faciais que indiquem raiva ou chateação, ou qualquer outro sinal não verbal que revele a sobrecarga costumam desgastar a relação
Não bastasse a rotina em casa, à mulher também cabe a tarefa de acompanhar o percurso educacional dos filhos. É possível perceber não só na fala, mas na expressão reveladora das mães que, muitas delas, devido o acúmulo de tarefas, estão cansadas e solitárias nesse processo. Quando a instituição escolar acolhe, respeita e estabelece uma parceria compartilhada, ela se sente mais segura nessa caminhada.
No entanto, é mais democrático dividir entre os adultos os direitos e os deveres também no que diz respeito à educação escolar dos filhos e os demais afazeres que uma criança necessita para o seu desenvolvimento. Quando isso acontece desde cedo, os laços afetivos, morais e sociais são mais intensos e saudáveis.
Fonte: bebe.abril.com.br