Os pais podem colaborar para uma geração mais ciente de seu papel no combate ao machismo de cada dia.
Com o feminismo ganhando cada vez mais espaço dentro (e fora) de casa, muitas mães se questionam como plantar a sementinha do chamado empoderamento em suas filhas. Muitas vezes, a referência materna não basta, afinal, como explicar para as crianças que homens e mulheres têm os mesmos direitos e deveres, quando os eles ficam de fora das tarefas domésticas, por exemplo?
1. Não reforce estereótipos de gênero
A discussão sobre “rosa de menina” e “azul de menino” não tem mais lugar hoje em dia. A princesa é cientista e não está mais à espera do príncipe; o príncipe pode chorar e usar saia, se quiser, sem que isso afete sua masculinidade. Os pais e mães precisam reconhecer essa diversidade de repertório, porque ela instiga e desperta curiosidade nas crianças. Esse é o momento de discutir sobre diferenças, respeito, aceitar o outro e a si mesmo.
2. Valorize a beleza de cada um
Ainda vivemos em um modelo de padronização da beleza e na exaltação da magreza, principalmente quando falamos das meninas. É por isso que, desde bem pequenas, elas precisam saber que são bonitas e especiais e que seu valor não está limitado à beleza física. A infância é terreno fértil para ensinar que existem muitas (muitas mesmo!) maneiras de ser lindo.
3. Elogie mais que a beleza
Saber que é bonito é muito importante, sim, mas não podemos deixar as crianças esquecerem que ser inteligente, gentil e ter coragem e curiosidade é essencial também. Vá além do rostinho bonito ma hora de elogiar seu filho e, sobretudo, sua filha, que é quem provavelmente será mais cobrada por isso pela sociedade. Para provar esse ponto, podemos mostrar exemplos de mulheres artistas, jornalistas, médicas e cientistas, como elas são importantes para sociedade, independentemente de sua aparência.
4. Valide seus sentimentos
Para que possam se impor e lutar por seus próprios direitos no futuro, é importante que desde os primeiros anos, as crianças tenham seus sentimentos validados. Isso quer dizer que, quando ela sinalizar que sente medo, desconforto, insegurança, é preciso reconhecer que essas emoções são importantes e serão levadas em consideração. Seu filho precisa saber que os adultos em volta se ocuparão em resolver ou amenizar (dentro do possível) a situação.
5. Estabeleça regras claras
Não há nada mais constrangedor (inclusive para os adultos) do que levar bronca por algo que você nem tinha certeza se podia fazer ou não. Isso causa insegurança. Por isso, as crianças precisam conhecer as regras. Isso deve ser estabelecido em uma conversa franca e objetiva, destacando que nem tudo é negociável. Apesar disso, os pais precisam estar dispostos a seguir conversando até que a criança entenda o motivo daquela regra. É dever dos pais amparar e acompanhar o processo de inserção dos filhos na sociedade, o que perpassa o conhecimento de limites e obrigações.