Transição deve respeitar o tempo dos pais e da criança
Os pais voltaram a trabalhar, a babá foi embora, a avó se mudou. Por algum motivo, chegou a hora de levar o filho para a creche. Mas, se a criança sempre ficou em casa com a família, a adaptação pode ser complicada, e não apenas para os pequenos – os adultos também precisam estar preparados para o momento.
A aclimatação começa antes mesmo da matrícula, quando a família decide que é chegado o momento de a criança ir para a creche. É importante que não apenas os pais estejam de acordo, mas que avós ou outras pessoas que frequentem o ambiente familiar entendam e respeitem a decisão.
1. Escolha da creche
É preciso encontrar um lugar adequado à realidade e à cultura da família, pensando em que tipo de cuidado e educação se procura. Nem sempre a instituição ideal para o filho de um amigo ou vizinho é a melhor para o seu. Um ponto importante é a recepção que os pais receberão.
2. Demonstração de confiança
A criança percebe quando o adulto não está seguro e fica insegura também. A entrada na creche altera a realidade dos pequenos. É importante que os adultos demonstrem que não existem problemas na mudança, que é normal e vai ser bom.
3. Presença de um familiar
O ideal é que, nos primeiros dias, algum familiar permaneça no local. A ideia é que o afastamento ocorra gradualmente. No começo, o adulto fica no mesmo ambiente. Depois, na sala ao lado, até que a criança demonstre conforto com a creche, os professores e os colegas. Não existe tempo certo. Crianças menores geralmente precisam de mais tempo. Mas não há regra.
4. Elemento de apego
Elemento de apego ou objeto de transição é aquele objeto que os pequenos não largam. Pode ser um brinquedo, um travesseiro, uma fralda. Deixar a criança levá-lo para a creche ajuda na adaptação, pois funciona como um elo com o ambiente familiar. Com o tempo, o objeto é deixado de lado, mas é importante que este movimento seja feito pela própria criança e não exigido por um adulto.
5. Ser claro
Seu filho precisa entender por que está indo para a creche. É importante que ele saiba onde e com quem vai ficar. Na hora de ir ao banheiro, comer ou quando estiver com algum problema, a criança ficará mais segura se souber a quem recorrer.
6. Não proponha prêmios
É importante que haja o entendimento de que a creche é importante, e ir para lá não pode parecer algo ruim que será recompensado com um presente. A criança precisa saber que o prêmio é ir para a creche, que vai ser divertido.
7. Choro não significa problema
Da mesma forma que ir contente não significa que a situação está 100%. Muitos fatores podem ser responsáveis pelo choro, e nem todos estão ligados à creche. É preciso investigar o que está gerando incômodo.
8. Será que a criança se adaptou?
Como saber se seu filho está se adaptando? Os sinais são mais claros durante o período em que a criança está na instituição. É importante conversar com os profissionais que cuidam de seu filho e visitar o local de vez em quando, observar se ele brinca com os amiguinhos e se está comendo bem. Muitas vezes os pequenos fazem birra para ir, mas chegando lá ficam felizes.
9. Use exemplos de irmãos, primos e vizinhos
É mais fácil quando existem irmãos mais velhos. Permita que a criança se espelhe em outras que já vão para a escola. Se só tiver um filho, procure apontar exemplos em primos, vizinhos. Os pequenos gostam de saber que já podem fazer as mesmas coisas que os maiores.
10. Crie vínculos
É bom para os pais e as crianças. O espaço de creches e escolinhas oferece uma oportunidade de conhecer pessoas e criar amizades. Convidar coleguinhas para visitar a sua casa permite que as crianças aumentem os vínculos sociais e que você se torne amigo de outros pais.
Fonte: www.terra.com.br