A informação sobre a demanda de vacinação para as próximas campanhas foi divulgada nesta quarta-feira (4), em uma coletiva de imprensa do Ministério da Saúde
“Estamos acompanhando diariamente o perfil dos casos suspeitos e confirmados no Brasil”, anuncia secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, na coletiva de imprensa que aconteceu por volta do meio dia desta quarta-feira (4). Segundo o secretário, em 2019, já são 2.753 casos confirmados da doença em 13 estados, além do Distrito Federal. Outros 15.430 estão em investigação.
O estado de São Paulo continua sendo o mais afetado, com 98,5% dos casos, ou seja, 2.708. Em seguida, vem o Rio de Janeiro com 15 casos, Pernambuco com 12 e Santa Catarina com 7. Em relação à faixa etária, crianças menores de 1 ano representam 13,8% do total. “Essa é a faixa etária em que a doença pode evoluir para casos graves e óbitos, por isso, reiteramos a importância da vacinação de crianças a partir de 6 meses”, disse Wanderson. Já pessoas com idades entre 20 e 29 anos representam 32,5%.
O secretário antecipou que, em setembro, ainda deve haver um aumento no número de casos por conta dos resultados dos exames que estão sob investigação. “Entre 18 de setembro e 9 de outubro, vamos encerrar essa investigação. Por isso, vai haver um aumento. A circulação ainda está presente, mas a intensidade está diminuindo. Apesar de o sarampo não ter uma sazonalidade, a tendência é que, com os dias mais quentes e ambientes mais ventilados, tenhamos uma redução da transmissão de pessoa a pessoa. Estamos acompanhando semanalmente. Se não tivermos outros surtos e essa estabilidade permanecer, vamos conseguir interromper essa cadeia de transmissão”, afirmou.
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
Entre as novidades anunciadas na coletiva, está o número de pessoas que ainda precisam ser vacinadas no Brasil. “Fizemos um trabalho junto à Organização Pan Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) para saber quantas pessoas estão suscetíveis, isto é, que devem ser vacinadas de acordo com a faixa etária”, afirmou o secretário.
“Portanto, a demanda com pessoas entre 1 e 49 anos é de 39,9 milhões de doses de vacina.
Esse cálculo foi feito baseado nas coberturas vacinais entre e está superestimado, pois não consideramos as campanhas. Essa é demanda de vacinação para os próximos meses de campanha. Estamos negociando com laboratórios nacionais e internacionais e cada município terá uma demanda diferente por idade”, finalizou.
Ainda não foram divulgadas as datas das novas campanhas de vacinação contra a doença.
Fonte: Crescer