Como evitar os acidentes mais comuns e a infecção pelo novo coronavírus
Se toda viagem requer planejamento, aquelas com crianças exigem muito mais atenção. Da escolha do destino aos cuidados nos momentos de diversão, pais e responsáveis precisam considerar uma grande variedade de riscos, sobretudo durante a pandemia. Com as férias escolares de julho ainda em meio à ameaça da Covid-19, é hora de revisar este check-list.
Dar preferência a destinos que ofereçam atrativos ao ar livre, com pouca aglomeração e que sejam perto de casa, e, claro, não dar férias às máscaras e ao álcool gel, são os conselhos mais comuns de pediatras para quem deseja viajar com os filhos neste momento em que o contágio do novo coronavírus permanece alto.
Enquanto a nossa cobertura vacinal estiver baixa, temos que continuar mantendo os mesmos cuidados dos últimos meses. Apesar de, percentualmente, não ficarem tão doentes como pessoas de outras faixas etárias, crianças podem sim ter Covid-19 e, em geral, pegam dos adultos. Por isso, é fundamental observar se quem está ao redor delas respeita os cuidados básicos.
Atenção ao álcool em gel
O álcool gel é um grande aliado, claro. Mas ele também deve ser mantido longe das crianças. O álcool 70% em gel e, principalmente, em líquido podem causar irritação na pele e nos olhos e aumentar o risco de queimadura. Basta uma simples fagulha, um curto num celular que esteja carregando perto, para isso acontecer.
Queimadura e intoxicação, aliás, estão entre as causas que mais levam crianças a serem hospitalizadas. Quedas, como a que sofreu um menino de 6 anos em 25 de junho no parque Beto Carrero World, que resultou num traumatismo craniano, também são uma ameaça. Em torno de 40% dos acidentes ocorrem nos períodos de férias, por conta dos momentos mais livres e sem supervisão atenta de um adulto.
Operação ‘pente fino’
Trânsito, afogamento e queimaduras estão entre as principais causas de acidentes neste período. Mas, com as crianças passando mais tempo em casa por conta da pandemia, podem ocorrer também intoxicação, sufocação e quedas domésticas. Para diminuir a chance de algo assim acontecer os pais devem fazer um “pente fino” no ambiente, seja um parque, um hotel ou uma casa alugada:
Observe se as janelas e sacadas possuem redes ou grades de proteção. Caso contrário, certifique-se de que elas possam ser trancadas ou avalie uma forma de impedir o acesso das crianças a esses locais. Atente-se também ao acesso aos fogões, aquecedores e lareiras, instalações elétricas, piscinas, tanques e baldes.
Para piscinas, o uso de coletes, em vez de boias de braço ou de cintura, que garantem menos estabilidade às crianças. E que os pais nunca estejam a mais “de um braço” de distância dos pequenos. Mas dentro ou fora d’água, o mais importante é estar sempre de olho:
— O uso exagerado de celulares pelos pais é um grande problema. Tomar conta de uma criança é uma atividade, não pode ser feita dividindo o olhar com outra coisa. Se não tiver atenção, o responsável só vai notar o problema quando escutar o choro da criança, e às vezes pode ser tarde demais.