Pais devem ficar atentos ao uso da internet e dos games por período prolongado; em casos extremos, até o sono de crianças e adolescentes fica comprometido
O período das férias é ótimo para descansar e relaxar, mas isso não significa deixar de lado cuidados essenciais com o uso de tablets e smartphones por crianças e adolescentes. As tecnologias fazem parte do nosso cotidiano e as crianças estão passando cada vez mais tempo em frente às telas, pois têm em mãos dispositivos que são portas para o mundo digital. A própria família é quem promove o acesso a esses conteúdos.
Os pais devem ficar atentos e sempre que possível dar o exemplo, já que o acesso facilitado à internet e aos games nos dispositivos móveis possibilita uma grande exposição ao mundo digital por um período prolongado. Em casos extremos, essa prática pode provocar alterações na visão, comprometer habilidades sociais e até causar dificuldades na hora de dormir.
Sem dúvidas existem muitos conteúdos nas redes que podem contribuir para o desenvolvimento das crianças, mas o acompanhamento da família é indispensável. É preciso conhecer os canais que as crianças consomem, impor limites, regras e também garantir que tenham acesso a outras atividades fora do mundo digital, encontrar um equilíbrio, portanto, é a dica fundamental.
Como os impactos desses aparelhos e da “dependência de internet” na saúde das crianças são silenciosos, então não importa onde você e seus filhos estejam: busquem uma rotina relativamente saudável para todos também durante as férias escolares. Para aproveitar ainda mais essas semanas de descanso, incentive a leitura, os passeios pela cidade, as atividades físicas e todo tipo de diversão offline neste período.
Menores de dois anos de idade não devem ser expostos às telas digitais, pois podem ter seu desenvolvimento cognitivo afetado. Para crianças entre 2 e 5 anos, o ideal é limitar o tempo de exposição em uma hora por dia. Após essa idade, o tempo de uso das telas não deve ser permitido no horário destinado ao sono ou ser substituído por brincadeiras ao ar livre.
Fonte: Estadão