Desde os primeiros meses de vida, o contato com a leitura e com as publicações em si deve ser estimulado como forma de promover o desenvolvimento integral da criança.
Gisele Bundchen e o filho (Foto: Instagram/Reprodução)
Por volta do terceiro trimestre de gestação, os bebês já são sensíveis aos sons, os pais já podem começar a ler para os bebês que ainda estão no ventre materno, sobretudo a partir da 22ª semana, período em que a audição já está desenvolvida. Após o nascimento do bebê, a leitura em voz alta proporciona uma série de benefícios.
Bebês entre 15 e 18 meses, tendem a aprender uma palavra nova a cada sessão de leitura partilhada e a relacioná-la ao objeto que representa. Portanto, é importante aproveitar o potencial de memorização que eles têm nessa fase.
Crianças que iniciam o contato com a leitura desde cedo apresentam uma linguagem melhor desenvolvida e, no futuro, terão um desempenho acadêmico mais produtivo. A leitura desenvolve a atenção, a concentração e o raciocínio, estimula a imaginação e a curiosidade, ajuda a lidar com sentimentos e emoções, desenvolve empatia e ajuda a minimizar problemas de comportamento, como irritabilidade.
Faça a escolha certa!
De 0 a 5 meses: escolha livros pequenos cartonados, de pano ou de plástico porque são mais fáceis de manusear. Também é importante apontar as figuras que estão no livro e dizer em voz alta o nome daquilo para o qual o bebê está olhando. Represente com gestos ou voz a figura que estiver indicando e imite os sons que o bebê fizer, observando a sua reação.
De 6 meses a 1 ano: opte por livros com texturas, figuras coloridas, ilustrações de animais e objetos que despertam a atenção. Versões com fotos de bebês são fascinantes e também podem ser usados para a ampliação do vocabulário de escuta. Nesse caso, nomeie cada parte do rosto do bebê (nariz, boca, olhos, testa, queixo) e aponte a parte correspondente no rosto do pequeno leitor. Essa prática ajuda a criança a aumentar o vocabulário e a entender que ilustrações representam coisas reais. Ajude o bebê a virar as páginas fazendo-o interagir com o livro.
De 1 a 3 anos: aposte em textos rimados (poesias, parlendas e letras de canções folclóricas) e ricos em repetições. Fábulas em versos também são ótimas alternativas. Invista ainda em livros com muitas ilustrações, possibilitando as práticas da nomeação, descrição de cenas e objetos e construção de enredos a partir das imagens. Livros com gravuras em diferentes formatos e texturas permitem à criança a exploração pelo tato.
De 3 a 6 anos: recorra a livros com histórias mais longas e menos imagens, em especial, contos de fadas e fábulas. Opte por obras de escritores clássicos e consagrados da literatura infantil, direcionando a criança para textos de qualidade. A partir dos 3 anos, ela passa a ter um vocabulário mais amplo. Nessa fase, recomenda-se ler histórias e pedir a colaboração do minileitor para ajudar a recontá-las. Assim, a criança está consolidando a linguagem e, espontaneamente, permitindo a aquisição de novos conhecimentos.
De 6 a 8 anos: ainda com imagens, os livros dessa etapa já têm como característica histórias mais longas, com cenário e personagens definidos em termos de caráter: quem é do bem e quem é do mal. Nessa idade, é fundamental que as crianças possam fazer idealizações com os heróis, rejeitando os vilões, pois os finais felizes proporcionam sentimento de segurança e apaziguam seus temores, abrindo novas possibilidades de resolução dos conflitos.
De 8 a 10 anos: indicam-se livros com histórias estruturadas em começo, meio e fim, cujo enredo apresente uma situação de problema a ser resolvida e aborde temas que valorizem o convívio social, como amizade, respeito às diferenças, cooperação, entre outros.
De 10 a 12 anos: as histórias já podem ter enredos mais densos, com uma linguagem mais elaborada. Diferentes gêneros textuais podem compor a literatura dessa faixa etária: contos, crônicas, novelas de aventuras ou sentimentais, mitos, lendas, ficção científica, policial e documentários.
Fonte: http://www.disneybabble.com.br