Estudos mostram que homens com maior envolvimento com suas esposas são capazes de sentir alguns sintomas relativos à gravidez e que podem engordar até 6 Kg e crescer 5 cm de cintura.
Em toda a gravidez, a mãe é fundamental. Isso não é novidade. No entanto, cada vez mais a participação paterna tem aumentado muito, desde o início da gestação, na participação dos cursos e também na própria hora do parto, em que a presença masculina tem se tornado uma rotina. Essa mudança comportamental aumentou tanto que, recentemente algumas pesquisas indicaram, que existem homens tão participativos e com tanta sintonia com suas mulheres, que metade da população de futuros pais (54%) desenvolve alguns sintomas relativos à gravidez durante o curso da gestação, por meio de uma manifestação chamada Síndrome Couvade.
A Síndrome de Couvade, não é uma doença, mas um conjunto de sintomas que podem aparecer nos homens durante a gestação. O pai se exprime psicologicamente ao assumir a gravidez apresentando sensações semelhantes aos da companheira grávida. Os futuros pais podem engordar, sofrer com enjôos, desejos, crises de choro ou mesmo depressão. Para que isso não traga nenhum desconforto ao casal, é preciso estar atento a esses sinais e, cada vez mais, orientar os futuros pais e mães.
Existe ainda um estudo britânico que ajuda a reforçar a tese da Síndrome de Couvade e mostra que os homens ganham peso durante a gravidez das parceiras e podem ter um aumento de cerca de cinco centímetros em suas cinturas. Enquanto esperam a chegada do bebê os pais engordam em media 6kg e crescem 5 cm de cintura. Do grupo pesquisado, 1.250 homens saíram do peso regular. Os motivos, segundo os entrevistados, foram a solidariedade com aumento de pesos das mulheres e a “necessidade” de acompanhar o desejo delas por alimentos calóricos.
A ansiedade, aliada a uma forte ligação afetiva e emocional com a mulher, acaba por transferir para o marido uma série de sensações que costumam se manifestar somente na figura feminina.
A Síndrome do Couvade não costuma causar distúrbios psíquicos e é normal que aconteça, sendo aconselhável procurar um especialista somente quando a situação foge de controle e passa a incomodar o casal e as pessoas próximas. No entanto, ela costuma passar assim que as parcerias tenham uma diminuição de seu comportamento normal.
É preciso ressaltar a importância da participação do pai também na escolha do médico obstetra e do pediatra, na escolha da Maternidade, no acompanhamento das consultas e exames, na participação no curso de gestantes, na valorização da sexualidade do casal e tenha paciência com sua esposa, pois o choro e a ansiedade da futura mamãe fazem parte do dia a dia. No pós-parto, o papai pode ajudar em atividades como o banho do bebê, a troca da fralda, levar o bebê às consultas no pediatra e ajudar e dar muita atenção para a nova mãe. São dicas simples que fazem toda diferença num período de muito desgastante para a mãe.
Fonte: Revista Materlife