Prematuros ou não, os bebês, de fato, costumam chorar na hora do banho. “O choro é uma resposta a tudo que lhes desagrada ou que é estranho. Nesse caso, pode ser tanto de frio quanto insegurança”. Isso porque, além de perder calor rapidamente, os recém-nascidos podem se sentir desprotegidos sem roupa.
Mas o receio que vem dos pais, por conta da fragilidade dos pequenos e do medo de machucá-los, também pode influenciar nas lágrimas na hora do banho. Os bebês são sensíveis ao ambiente. “Eles procuram entender o que se passa à volta deles observando as reações dos adultos em que confiam. Muitos ficam inseguros ao perceber a insegurança dos pais e interpretam o banho como uma situação perigosa ou ameaçadora”, diz. Qual a saída, então?
Praticidade é a resposta
Para facilitar o processo, a orientação para as mães de primeira viagem é deixar tudo pronto antes de iniciar o banho: roupas, toalha, fralda, xampu, sabonete, creme antiassaduras, etc. Dessa forma, tanto o banho quanto a troca serão rápidos – até porque, se demorar muito, a água pode esfriar. No final, é melhor secar a criança com uma toalha-fralda primeiro. Depois, pode-se terminar com outra normal, para evitar que ela fique muito tempo em contato com o tecido úmido. Outro ponto importante é fechar portas e janelas do ambiente antes, ou mesmo aquecê-lo se achar necessário. Não se esqueça de checar a temperatura da água (que deve ser morna, entre 36 e 37º C) com o termômetro, o antebraço ou o dorso da mão.
Apesar de o período entre as 12h e 14h ser o mais indicado para o banho, por ser o mais quente do dia, o ideal é aquele em que o cuidador esteja mais tranquilo e sem pressa. Por último, é importante ter o apoio de outra pessoa por perto, se possível. Nem que seja para alcançar algo que foi esquecido. Ao menos no início, o suporte pode deixar o pai ou a mãe mais confiante.
Tudo passa
Se mesmo apostando nas dicas acima, nada der certo, tudo bem. A tendência é que os bebês aprendam a curtir a ocasião à medida que crescem. Só não vale se deixar abater pelo chororô da criança. “O banho é o momento ideal para o adulto demonstrar seu amor, tocando-o com delicadeza, mantendo contato visual e falando com ele sobre o que estão fazendo e quais partes do corpo vão ser banhadas a seguir”. Com o tempo a criança começa a entender o que se passa, a prever os movimentos do adulto e a colaborar também – entregando o pezinho para ser ensaboado, inclinando a cabeça no enxague, etc.