Gestantes, o seu calendário de vacinação é tão importante quanto o do seu bebê

A SUA PROTEÇÃO VAI IMPACTAR – E MUITO – A SAÚDE DO SEU FILHO

Toda mãe se preocupa com as vacinas de seus filhos. Nós temos todo o cuidado do mundo com os prazos e doses porque não queremos vê-los doentes, principalmente quando são bebês e ainda não têm seu sistema imunológico forte e preparado para se defender de doenças. Mas o que você precisa saber é que o cuidado com a imunização deve começar ainda durante a gestação. Isso mesmo: grávidas podem e devem se vacinar, acompanhando o calendário de vacinação adequado. 

“Infelizmente muitas pessoas imaginam que gestantes não podem se vacinar. Não é verdade, algumas vacinas são especialmente recomendadas para elas”, afirma Isabella Ballalai, mãe de Nicolle, Gabriel, Lucas e Philippe, pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm). Isabella explica que os anticorpos gerados pela vacinação, além de protegerem a mãe, são transmitidos para o bebê pela placenta e, depois, pelo leite materno. Esse cuidado é muito importante pois vai fazer com que ele nasça com esses anticorpos e esteja protegido pelos primeiros meses de vida, até que tenha condições de produzir os seus próprios. 

Existem vacinas recomendadas para todas as gestantes, são elas: 

    • Influenza (gripe): a doença pode ser até fatal entre os bebês;
    • Hepatite B: a preocupação é com uma possível transmissão na hora do parto, quando o bebê tem contato com o sangue da mãe. 
    • Dupla bacteriana do tipo adulto (DT): previne contra difteria e tétano  
  • Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa): previne contra difteria tétano e coqueluche 

E não tem desculpa: todas essas vacinas são disponibilizadas na rede pública e privada.

Coqueluche

A doença pode parecer coisa do passado, mas isso porque seus sintomas em adultos muitas vezes passam desapercebidos, como uma simples tosse ou alergia. Mas dados da SBIm mostram que dos quase 3.000 casos registrados da doença no Brasil em 2015, mais de 60% aconteceram em menores de 1 ano e das 35 mortes , 30 foram entre menores de 3 meses. Não dá para relaxar, não!

A doença é transmitida pelo contato com uma pessoa infectada e, como os bebês não nascem com a imunidade pronta a combater a coqueluche, a vacinação da mãe se torna ainda mais importante. São os anticorpos produzidos a partir dessa imunização (e que serão passados ao feto) que vão ajudar na proteção do bebê até os 6 meses de vida, quando ele terá seu próprio sistema imunológico pronto a combater o vírus. 

De acordo com Renato Kfouri, pai de Mariana e Luciana e presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em 75% dos casos de coqueluche entre bebês, o transmissor vive com essa criança (The Pediatric Infectious Disease Journal, 2007). Ou seja, pode ser a mãe, o pai, os irmãos, os avós, etc. Não dá para vacilar: grávida precisa da vacina, sim!

É por causa da coqueluche e de outras doenças que a SBIm lançou nessa quinta-feira (8) uma campanha de incentivo à vacinação de gestantes com o objetivo de melhorar a cobertura vacinal entre as futuras mães, que ainda é muito baixa no Brasil. 

A madrinha da campanha é a atriz Juliana Didone, grávida de Liz: “Você tem uma responsabilidade já na gravidez enquanto você está gestando.  O momento em que eu eu soube pela minha obstetra que as vacinas eram fundamentais não só para uma gestação tranquila, mas para um bebê saudável, casou com o convite para representar essa campanha. Eu fiquei muito feliz por ser um convite que conscientiza as mães para o que realmente importa: seu bebê nascer saudável”. 

A prevenção de doenças pode e deve começar o quanto antes. Cuide de você e cuide do seu bebê mesmo antes de ele nascer!

Fonte: paisefilhos.uol.com.br

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